quarta-feira, março 29, 2006

Libertação!


Já passou quase um ano, mas o que é facto é que algumas coisas permanecem inexplicadas.
Tudo parecia um sonho, eram só momentos bons e felizes. Nunca discutimos, conseguiamos sempre compreendermo-nos e perdoarmo-nos. Mas isso não foi suficiente...
De um momento para o outro tudo mudou, sem explicação.
O meu mundo ficou virado do avesso. Foram tempos difíceis, meses em que chorei todas as noites, em que não conseguia pensar noutra coisa. Até hoje ainda não consegui perceber, e tu dizes que também não sabes explicar...
Consigo desculpar-te, poderia ter acontecido comigo, podia perfeitamente ter sido ao contrário. Mas custa-me perceber como essa mudança possa ter sido tão repentina. Todo o amor que dizias sentir (e que eu sei que sentias porque o senti nos teus gestos e palavras) não podia ter desaparecido assim.
Querias que continuássemos amigos. Disse que sim porque fazia tudo para não te perder. Mas cedo percebi que isso não era possível, pelo menos naquele momento. Tive de afastar-me e foi sem dúvida o melhor que fiz.
Agora que toda esta turbulência acalmou, por vezes tenho a sensação que se mantém um clima estranho entre nós, parece que nos evitamos um ao outro, mesmo que seja inconscientemente. Porque o escrevo? Para dizer tudo aquilo que sempre quis e nunca tive coragem para o fazer, porque tive medo de magoar alguém que me tinha magoado a mim... O facto é que quando estamos juntos, apesar de falarmos sobre tudo o que se passou e sobre a nossa vida agora, não consigo sentir-me à vontade para falar contigo sobre determinadas coisas. A insegurança que por vezes demonstras, a forma como falas de "nós" (como se tudo tivesse sido tão perfeito) e dos momentos que passámos juntos... Isso só me torna mais insegura, porque tenho medo. Medo que queiras corrigir o que estragaste, medo de algum dia voltar a amar-te...
Não posso permitir que este fantasma continue a assolar-me, que continues a influenciar-me desta maneira, não posso ter medo de viver e de amar.
O meu mundo tem de continuar a girar e tu, definitivamente, deixaste de fazer parte dele.

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