Dois corpos
Pensei vaguear pelas ruas, preciso espairecer. No entanto, o calor da cama parece-me mais apetecível. Faz-me recordar a sensação de te ter junto a mim, junto ao meu corpo, e sinto-me bem. Talvez seja isso que me leva a escrever estas palavras.
É sem dúvida extasiante a sensação de termos alguém junto a nós, que nos abraça, nos acaricia e nos protege. E queremos que aquele momento não acabe nunca, parece que o mundo lá fora pára, deixa de existir, que só existem aqueles dois corpos e nada mais... Apetece-nos ficar ali para sempre e esquecer tudo o resto.
Mas quando acaba tudo muda, existem muitas outras coisas que se opõe áquele momento, que tentam contrariar aquela sensação. Isso faz-nos ter dúvidas sobre o que sentimos, sobre o que queremos.
A única certeza que temos é que queremos voltar a ter momentos daqueles, que nos queremos sentir bem, queremos fazer daqueles instantes algo especial e inesquecível.
Entretanto, o mundo lá fora continua e um turbilhão de coisas continua a acontecer... Temos que acordar para a realidade, para a vida, para as incertezas.
Queremos aproveitar cada segundo e vivê-lo intensamente, mas o medo e a dúvida apoderam-se de nós e tentam consumir toda a felicidade que estes momentos nos proporcionam. Mas não podemos permitir que isso aconteça...
1 Comments:
ola! Parece-me que o ultimo paragrafo define bem aquilo que o texto me faz pensar. Que no fundo, os receios sempre existirão, que as duvidas raramente deixarão de aparecer, nem que seja esporadicamente e isto em quase todos os sectores da nossa vida. Encarar ambos e viver um dia de cada vez parece-me bem. Desfrutar plenamente de cada momento também... um beijo
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