Poema
“Tu pedes-me a noção de ser concreta
Num sorriso num gesto no que abstrai
A minha exactidão em estar repleta
Do que mais fica quando de mim vai.
Tu pedes-me uma parcela de certeza
Um desmentido do meu ser virtual
Livre no resultado da pureza
Da soma do meu bem e do meu mal.
Deixa-me ficar assim. E tu comigo
Sem tempo na viagem de entender
O que persigo quando te persigo.
Deixa-me assim ficar no que consente
A minha alma no gosto de reter-te
Essencial. Onde quer que te invente.”
Natália Correia (in “Antologia Poética”)
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